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O porquê de Biden dever abandonar a guerra comercial fracassada de Trump com a China

XANGAI – Quando o presidente eleito, Joe Biden, tomar posse na próxima semana, ele agirá rapidamente para transformar a maioria das medidas políticas dos EUA. Uma exceção evidente é a China. Mas se Biden mantiver a abordagem de confronto do presidente Donald Trump com a segunda maior economia do mundo, irá arrepender-se.

Embora Biden possa ser manifestamente menos antagónico em relação à China do que Trump, ele repetiu muitas das reclamações de seu antecessor sobre as práticas comerciais da China, acusando o país de “roubar” propriedade intelectual, vender produtos a preços muito baixos nos mercados estrangeiros e forçar transferências de tecnologia de empresas americanas. E sugeriu que não abandonará imediatamente a “fase um” do acordo comercial bilateral alcançado no ano passado, nem retirará as tarifas de 25% que agora afetam cerca de metade das exportações da China para os Estados Unidos.

Na opinião de Biden, é melhor não fazer nenhuma mudança significativa na abordagem em curso em relação à China, até ele levar a cabo uma revisão completa do acordo existente e consultar os aliados tradicionais dos EUA na Ásia e na Europa, a fim de “desenvolver uma estratégia coerente”. A Representante de Comércio dos EUA escolhida por Biden , Katherine Tai – uma advogada comercial asiático-americana (e fluente falante de mandarim), com vasta experiência na China – pode desempenhar um papel importante no processo de revisão.

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