pei71_ Lintao ZhangGetty Images_xi jinping joe biden 2013 Lintao Zhang/Getty Images

Um roteiro para estabilizar as relações sino-americanas

CLAREMONT, CALIFÓRNIA – Elaborar uma estratégia eficaz para competir, cooperar e coexistir com a China será um dos desafios de política externa mais difíceis do presidente eleito dos EUA, Joe Biden. E nos próximos dois meses, as relações sino-americanas irão, quase certamente, piorar.

Na véspera das eleições, o presidente Donald Trump culpou abertamente a China pela pandemia de COVID-19 que iria condenar o seu segundo mandato e fez ameaças dissimuladas. Agora que está prestes a sair da Casa Branca, Trump provavelmente aprovará mais medidas punitivas para descarregar a sua raiva e “atar as mãos” do novo governo de Biden. Mesmo que a China se abstenha de responder na mesma moeda aos disparos de despedida de Trump, alguns dos quais podem ser muito dolorosos ou humilhantes para engolir, a relação EUA-China que Biden herda pode ficar danificada de forma irreparável.

Dada a forte antipatia atual em relação à China entre grande parte do poder político dos EUA e da população, Biden dificilmente mudará os princípios fundamentais da política de Trump em relação à China. A China continuará a ser o principal adversário geopolítico da América e conter a sua ascensão será o princípio organizador da política externa dos EUA no futuro previsível.

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