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A acelerada crise de fertilidade na China

XANGAI – Historicamente, a densidade demográfica tem sido uma variável de movimento lento. Mas as economias do Leste Asiático – especialmente China, Japão e Coréia do Sul – mudaram tão subitamente do rápido crescimento populacional para o declínio que praticamente sofreram uma reviravolta.

Como uma economia planejada, a China já esteve antes obcecada em aumentar a população. Mas, em 1957, o economista Ma Yinchu publicou A Nova Teoria da População e advertiu que essa tendência logo começaria a minar o desenvolvimento econômico da China. Embora o governo inicialmente tenha injustamente criticado sua teoria, os líderes chineses acabaram levando a sério suas recomendações, incentivando o planejamento familiar como forma de promover o crescimento econômico.

Em 1973, a China deu um passo adiante, com a campanha nacional wan, xi, shao (“casamento tardio, maior espaçamento e menos filhos”), que incentivava os casais a não ter mais do que dois filhos. Seis anos depois, isso se transformou na infame política do filho único. Para garantir esse impacto de longo prazo, o planejamento familiar foi finalmente incluído na constituição chinesa em 1982.

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