stiglitz295_Clemens Bilan - PoolGetty Images_georgieva Clemens Bilan/Pool/Getty Images

Uma Tentativa de Golpe no FMI

NOVA YORK – Há movimentos em andamento para substituir ou pelo menos enfraquecer bastante  Kristalina Georgieva , a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional desde 2019. Essa é a mesma Georgieva, cuja excelente resposta à pandemia rapidamente forneceu fundos para manter os países à tona e enfrentar a crise de saúde, e que defendeu com sucesso a emissão de US$ 650 bilhões de “dinheiro” do FMI (direitos especiais de saque, ou DES), tão essenciais para a recuperação dos países de baixa e média renda. Além disso, ela posicionou o Fundo para assumir um papel de liderança global na resposta à crise existencial das mudanças climáticas.

Por todas essas ações, Georgieva deveria ser aplaudida. Então qual é o problema? E quem está por trás do esforço para desacreditá-la e afastá-la?

O problema é um relatório que o Banco Mundial encomendou ao escritório de advocacia WilmerHale sobre o índice anual do Banco, o “Doing Busines”, que classifica os países de acordo com a facilidade de abertura e operação de firmas comerciais. O relatório contém alegações – ou mais precisamente “dicas” – de impropriedades envolvendo China, Arábia Saudita e Azerbaijão nos índices de 2018 e 2020.

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