taylor10_FREDERIC J. BROWNAFP via Getty Images_schoolcoronavirussocialdistance Frederic J. Brown/AFP via Getty Images

A escolha de escolas é a única opção

STANFORD – Depois de anos de clamores pela mudança no ensino dos EUA, a pandemia da COVID-19 está a tornar-se um catalisador para a melhoria o sistema. O fosso educacional da América, especialmente nos graus K-12 (do ensino primário ao secundário) é hoje claramente visível para todos. As disparidades na qualidade e no acesso ao ensino são uma fonte importante das desigualdades económicas, sociais e raciais, que provocam tanta agitação social de Austin e Oakland a Portland e Seattle. Independentemente de virem de bairros empobrecidos ou dos subúrbios, os americanos menos escolarizados foram os mais fortemente atingidos pela pandemia e pelos seus efeitos económicos.

Felizmente, o economista Thomas Sowell (meu colega na Hoover Institution) apresentou uma solução. No seu novo livro, Charter Schools and Their Enemies (NdT: As escolas autónomas e os seus inimigos), demonstra que as escolas com maior autonomia e flexibilidade que as escolas públicas tradicionais estão a colmatar a clivagem no ensino, ao proporcionarem a escolha, a oportunidade e a concorrência que são tão necessárias.

A cuidadosa análise de dados realizada por Sowell, disponibilizada antes da pandemia atacar, demonstra que os alunos em escolas autónomas, com financiamento público mas gestão privada, como a Success Academy na cidade de Nova Iorque, apresentam resultados notavelmente mais elevados em exames padronizados de aproveitamento do que os de escolas públicas tradicionais. O livro contém resmas de provas convincentes, todas maravilhosamente explicadas e apresentadas de forma clara em mais de 90 páginas de tabelas.

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