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Democratizar o BCE

AMESTERDÃO – O Banco Central Europeu (BCE) está a passar por uma troca de guarda: um novo presidente, um novo economista-chefe e dois novos membros do Conselho Executivo. E a nova liderança do BCE enfrenta um ano controverso em 2020.

Para começar, a última reunião de política do ex-presidente do BCE, Mario Draghi, ficou marcada por disputas sobre a flexibilização quantitativa e o papel do presidente na tomada de decisões, destacando as discordâncias no seio do Conselho do BCE (incluindo o Conselho Executivo e os governadores dos bancos centrais nacionais) sobre estratégia monetária. Deverá o BCE manter o seu objetivo de inflação, mas torná-lo simétrico, em contraste com o presente “abaixo, mas próximo dos 2%”? Ou deveria abandonar toda a esperança de chegar perto dos 2% e contentar-se com 1,5%?

Depois, há a afirmação da sucessora de Draghi, Christine Lagarde, de que o BCE deveria concentrar-se nas alterações climáticas, mesmo que a questão não faça parte do mandato do banco central (e mesmo que a política monetária não seja um instrumento óbvio para lidar com ela).

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