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Orientações estratégicas para a Europa

BRUXELAS – Para nos ajudar a encontrar o caminho, precisamos de orientações, e as orientações estratégicas (a chamada "bússola estratégica") que preparei a pedido do Conselho Europeu servirão de guia operacional para o desenvolvimento e a tomada de decisões da União Europeia em matéria de segurança e defesa. O documento está agora a ser transmitido aos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE, tendo em vista os debates da próxima semana.

As orientações foram concebidas para responder a três perguntas: quais são os desafios e ameaças que enfrentamos? Como podemos agrupar melhor os nossos ativos e geri­‑los de forma eficaz? Qual é a melhor forma de projetar a influência da Europa enquanto interveniente regional e mundial?

A nossa análise geral da ameaça indica claramente que a Europa está em perigo. A UE corre o risco de sofrer aquilo a que já chamei a "contração estratégica". Esta apreciação pode ser vista de três perspetivas. Em primeiro lugar, o nosso alcance económico está a ficar cada vez mais circunscrito. Há trinta anos, a UE representava um quarto da riqueza mundial; daqui a vinte anos, representará pouco mais de 10 %. A nossa contração demográfica evolui em moldes semelhantes: no final deste século, a Europa representará menos de 5 % da população mundial.

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