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A próxima Primavera da IA

LONDRES – A inteligência artificial (IA) está à nossa volta, e está a gerar entusiasmo sobre a maneira como poderá aumentar a prosperidade e transformar as nossas vidas de várias formas. Contudo, esta tecnologia também será provavelmente disruptiva. Por conseguinte, os legisladores e as empresas têm de tentar capturar o todo o valor do que a IA pode oferecer, ao mesmo tempo que evitam os riscos negativos.

A noção de IA existe há mais de meio século, e já vivemos antes períodos de entusiasmo, seguidos por grandes períodos de desilusão – os “Invernos da IA” – quando a tecnologia não cumpria as expectativas. Mas a recente evolução nos algoritmos e nas técnicas de IA, combinada com um enorme aumento do poder de computação e uma explosão na quantidade de dados disponíveis, tem promovido avanços significativos e tangíveis, que prometem gerar valor para as pessoas, para as empresas e para a sociedade no geral.

As empresas já estão a aplicar técnicas de IA nas vendas e no marketing para apresentar recomendações de produtos mais personalizadas a clientes individuais. E na indústria transformadora a IA está a melhorar a manutenção preventiva, ao aplicar a “aprendizagem profunda” a grandes volumes de dados provenientes de sensores. Ao utilizarem algoritmos para detectar anomalias, as empresas podem reduzir o tempo de inactividade da maquinaria e do equipamento, de motores a jacto a linhas de montagem. A nossa investigação salientou centenas desses exemplos de empresas, que conjuntamente têm potencial para criar um valor entre 3,5 e 5,8 biliões de dólares todos os anos.

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