johnson166_Vikas KhotHindustan Times via Getty Images_jamnagar Vikas Khot/Hindustan Times via Getty Images

Por que a América ainda vende derivados de petróleo russo?

WASHINGTON, DC/KIEV – Os Estados Unidos têm feito bastante para ajudar a Ucrânia a impedir a invasão completa e as táticas terroristas da Rússia desde fevereiro de 2022, inclusive por meio de generosa assistência militar e financeira. Não só isso, logo depois da invasão, o governo Biden (e o Congresso) baniram a importação de petróleo bruto. Contudo, importações de produtos refinados derivados do petróleo russo tiveram permissão para continuar dentro de algumas condições. Para diminuir ainda mais a receita que permite ao Kremlin manter sua agressão, agora as importações de tal natureza, sem exceção, devem ser proibidas.

Durante 2022, os EUA convenceram seus parceiros do G-7 e a União Europeia a impor um teto de preços às exportações russas de petróleo e produtos derivados de petróleo. Hoje, essas exportações podem ser realizadas, asseguradas e financiadas por empresas do Ocidente somente se o preço pago for no mesmo nível ou abaixo de um nível particular (US$ 60 o barril no caso do petróleo bruto). Este teto vem se mostrando eficaz em reduzir a receita russa, aumentando a pressão fiscal sob o Kremlin ao mesmo tempo que impede turbulências no mercado mundial de petróleo.

Porém, esforços recentes para diminuir ainda mais o teto têm encontrado resistência. Dado o impasse político EUA-UE sobre baixar o teto de preços, banir a importação de toda a produção russa de gasolina e outros produtos refinados para os EUA é um jeito de baixo custo e lógico para aumentar a pressão econômica sob o regime de Putin, ao mesmo tempo que incentiva os aliados dos EUA a fazerem o mesmo.

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