kaba1_shaadjuttGetty Images_africanunion shaadjutt/Getty Images

Poderá a África unir-se?

CONACRI – Quando os membros da União Africana se comprometem a “continuar a falar com uma só voz e a agir de forma colectiva para promover os nossos interesses e posições comuns na arena internacional”, reconhecem que isso não é uma tarefa fácil. Tal como Roma, a “África que queremos” – a potência global do futuro – não se construirá num só dia.

Ao reunirem este mês, na cimeira entre a União Europeia e a União Africana a realizar em Bruxelas, os líderes africanos e europeus debaterão a forma como a parceria entre as suas duas uniões poderá ser simultaneamente aprofundada e alargada. Mas quando falamos de cooperação comercial, o problema está nos pormenores. A UA tem de estar atenta aos ensinamentos (tanto aos êxitos como aos falhanços) do projecto de integração da UE. Só então poderá desenvolver alicerces sólidos para uma parceria entre iguais com a Europa.

A UE é um modelo globalmente reconhecido de parceria e integração regionais. Surgida das cinzas da guerra, do sofrimento e da destruição, usou a integração económica para criar as condições para a paz e segurança duradouras. É hoje uma das três maiores potências comerciais, a par da China e dos Estados Unidos.

https://prosyn.org/vkpJwIIpt