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COVID-19 e a biorrevolução

HAMBURGO – Raramente as promessas da biologia têm conquistado tanta atenção do mundo como durante a crise da COVID-19. Uma vez que o novo coronavírus infeta milhões em todo o mundo e devasta a economia global, a nossa melhor esperança para vencê-lo é uma nova e rápida geração evolutiva de ferramentas e recursos biológicos. Mas enfrentar a COVID-19 apenas arranha a superfície de toda a capacidade que a inovação biológica tem.

Os avanços nas ciências biológicas têm acelerado desde que o genoma humano foi identificado – um processo de 13 anos concluído em 2003. Tal como revela uma nova investigação do McKinsey Global Institute (MGI), a consequente biorrevolução foi impulsionada pelo rápido progresso na informática, automatização e inteligência artificial (IA).

A investigação do MGI identificou cerca de 400 aplicações de biotecnologia já visíveis no pipeline de inovação, que juntas poderiam gerar até 4 biliões de dólares anualmente nas próximas uma a duas décadas. Mais de metade desse valor não abrangeria o universo da saúde humana e incluiria domínios como agricultura e alimentação, produtos e serviços de consumo, materiais, produtos químicos e produção de energia.

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