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Garantir a sobrevivência das economias depois da pandemia

NOVA IORQUE – Confinamentos de cidades inteiras. Pânico nos mercados financeiros. Prateleiras das lojas vazias. Hospitais com falta de camas. O mundo entrou numa realidade desconhecida sem estar em tempo de guerra.

Ao exigirem que as pessoas se isolem em casa, os governantes esperam diminuir e depois reverter a taxa de propagação da COVID-19. Mas o confinamento por si só, ou um impulso de criação de dinheiro, não impedirá a pandemia nem salvará as nossas economias. Precisamos da intervenção do governo, mas muitas das propostas atuais parecem insensatas, algumas parecem mesmo lamentáveis. Outras vão no caminho certo, mas são muito fragmentadas.

A própria possibilidade de milhões de pessoas morrerem, ao mesmo tempo que a economia está paralisada, justifica aumentar substancialmente a extensão e o âmbito das medidas do governo. Esta ação deveria ser vista como uma forma sem precedentes de seguro sistémico a curto prazo para as nossas vidas e os nossos meios de subsistência. Dado o valor absoluto que atribuímos a ambos, os cidadãos e os governos deverão estar preparados para pagar o que pode parecer um prémio extravagantemente alto por esse seguro.

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