CAMBRIDGE – Este ano pode se mostrar devastador para o mundo em desenvolvimento, à medida que cada vez mais países se veem engolidos por crises de dívidas. Vários (Líbano, Sri Lanka, Rússia, Suriname e Zâmbia) já estão em default, e diversos outros precisam urgentemente de ajuda para fugir do colapso econômico e das altas acentuadas na pobreza.
A resposta predominante às crises de dívida é negociar pacotes complexos que envolvem o país devedor, instituições financeiras internacionais (IFIs) e outros credores externos. Os detentores de títulos domésticos, sindicatos trabalhistas e outros também têm um papel, à medida que têm seus próprios interesses para proteger. O processo de barganha entre todas essas partes pode ser demorado e envolver esforços nacionais e globais significativos para reverter o resultado, empurrando um volume maior de perdas para outros, mesmo que as condições do país devedor continuem a piorar.
A ascensão dos mercados emergentes como os principais credores bilaterais oficiais vem acrescentando ainda mais complexidade a um processo que já é difícil. China, Índia, países do Oriente Médio e outros não têm sido parte dos acordos convencionais de resolução de dívidas. Além de complicar a coordenação, a heterogeneidade entre os credores pode desencadear processos mais destrutivos, liderados por expectativas autorrealizáveis, como reversões repentinas no fluxo de capital e crises bancárias.
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A resposta predominante às crises de dívida é negociar pacotes complexos que envolvem o país devedor, instituições financeiras internacionais (IFIs) e outros credores externos. Os detentores de títulos domésticos, sindicatos trabalhistas e outros também têm um papel, à medida que têm seus próprios interesses para proteger. O processo de barganha entre todas essas partes pode ser demorado e envolver esforços nacionais e globais significativos para reverter o resultado, empurrando um volume maior de perdas para outros, mesmo que as condições do país devedor continuem a piorar.
A ascensão dos mercados emergentes como os principais credores bilaterais oficiais vem acrescentando ainda mais complexidade a um processo que já é difícil. China, Índia, países do Oriente Médio e outros não têm sido parte dos acordos convencionais de resolução de dívidas. Além de complicar a coordenação, a heterogeneidade entre os credores pode desencadear processos mais destrutivos, liderados por expectativas autorrealizáveis, como reversões repentinas no fluxo de capital e crises bancárias.
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