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Salvar os mais vulneráveis da COVID-19

CAMBRIDGE – No Massachusetts, que tem uma população perto dos sete milhões, morreram mais de 6000 pessoas com COVID-19 desde o início de Março. Mas um grupo relativamente pequeno – que inclui cerca de 38.000 pessoas, ou 0,5% da população do estado – representa 60% destes óbitos. Este grupo compreende todas as pessoas que vivem em lares de idosos, e a protecção destas pessoas e do pessoal que as cuida, que permanecem todos altamente vulneráveis a infecções graves, têm de ser uma prioridade central por toda a parte, com a reabertura das economias.

Segundo dados pré-pandemia, o número de pessoas em lares de idosos ronda normalmente os 1,3 milhões por todos os Estados Unidos. Estes habitantes mais velhos recebem cuidados de uma mão-de-obra que atinge o milhão de trabalhadores. Felizmente, agora existe uma maneira melhor de reduzir significativamente o seu risco de morte: a implementação de um programa de monitorização de saúde pública concentrado e baseado em todas as formas disponíveis de testagem – incluindo os mais recentes testes serológicos para detecção de anticorpos – para pessoas que estão em lares ou em seu redor e para a população mais alargada.

Tem sido dada muita importância ao desenvolvimento de capacidade laboratorial para testes de reacção em cadeia da polimerase (PCR), o padrão de excelência para a detecção do vírus da COVID-19. A capacidade de testagem por PCR é essencial para a gestão de surtos. No Massachusetts, os heróicos esforços tecnológicos do Instituto Broad do MIT e Harvard (uma organização de investigação biomédica e genómica) ajudaram a salvar muitas vidas, por terem aumentado consideravelmente a disponibilidade dos testes para lares de idosos e outros grupos no início da pandemia. Precisamos de mais liderança assim nos EUA e no mundo.

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