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Estados Unidos, Direitos Humanos e a Guerra de Israel contra a Palestina

NOVA YORK – A tentativa de Israel de justificar seu mais recente e brutal ataque a Gaza parece inócua  para qualquer pessoa familiarizada com os acontecimentos em Israel, onde o governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, apoiado por racistas antiárabes, violou sistemática, cruel e persistentemente os direitos humanos básicos da população árabe. A Human Rights Watch, uma ONG global com muitos líderes judeus, condenou  Israel recentemente por crimes contra a humanidade.

O comportamento de Israel coloca o governo do presidente americano Joe Biden, que professa, sob os holofotes, uma política externa baseada nos direitos humanos. Se esse compromisso for genuíno, o governo deveria apoiar uma investigação independente da ONU sobre as violações dos direitos humanos de Israel contra a população árabe e suspender a ajuda militar a Israel até que o inquérito fosse concluído e os direitos humanos dos palestinos fossem assegurados.

Os antecedentes dos recentes ataques aéreos e de artilharia de Israel em Gaza foram as ameaças israelenses de expulsar os palestinos de suas casas no bairro Sheikh Jarrah em Jerusalém Oriental e a violência provocada por Israel na Mesquita de al-Aqsa, um dos locais mais sagrados do Islã. Os israelenses de direita marcharam por Jerusalém Oriental gritando "morte aos árabes". O lançamento de foguetes de Gaza logo se seguiu, o que pode muito bem ter sido o objetivo de Netanyahu, que está batalhando por sua vida política em face de um iminente julgamento por corrupção, além de fomentar e explorar o ódio antiárabe, do qual há muito vem se utilizando para perseguir e manter o poder.

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