mallochbrown13_SIPHIWE SIBEKOPOOLAFP via Getty Images_vaccine SIPHIWE SIBEKOPOOLAFP via Getty Images

Chega de pobres na pandemia

NOVA IORQUE – A COVID-19 bifurcou o mundo como quase nenhum outro acontecimento. Os países mais ricos têm doses de vacinas mais do que suficientes para proteger as suas populações da devastação do vírus, enquanto os países mais pobres não. Os que residem no Norte Global também têm os meios para evitar calamidades económicas e perturbações sociais através de pacotes de estímulo massivos, enquanto centenas de milhões no Sul Global foram levados à extrema pobreza. Esta divisão desigual deixa a humanidade muito mais vulnerável ao próximo estágio da pandemia, bem como a qualquer outra crise sistémica que possa surgir.

Como dirigentes de algumas das maiores instituições filantrópicas do mundo, há duas coisas que sabemos seguramente. A primeira: a história ensinou-nos que a mudança transformacional tem sido quase sempre desencadeada por alguma crise profunda. A segunda: só quando o mundo se une é que consegue reunir a ação ousada e urgente necessária para reverter a grande divergência que vemos hoje entre os ricos e os pobres. Só através da cooperação e coordenação poderemos iniciar uma era transformadora de progresso.

Para esse efeito, a Fundação Aliko Dangote, a Fundação Archewell, a Fundação Bill & Melinda Gates, a Fundação Chaudhary no Nepal, a Fundação Children’s Investment Fund, a Fundação Conrad N. Hilton, a Fundação Ford, a Fundação Saldarriaga Concha, o Kagiso Trust, a Fundação MasterCard, a Fundação Mo Ibrahim, as Fundações Open Society, a OppGen Philanthropies, a Fundação Rockefeller e a Fundação William and Flora Hewlett uniram forças para estabelecer uma aliança mundial de fundações. E estamos a convidar outras entidades filantrópicas para se juntarem à nossa rede.

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