hill101_BRENDAN SMIALOWSKIAFPGetty Images_trump north korea Brendan Smialowski/AFP/Getty Images

O apaziguamento norte-coreano de Trump

DENVER – Tendo-se reunido com o líder norte-coreano Kim Jong-un três vezes – sempre com uma frande fanfarra – o presidente dos EUA, Donald Trump, ainda pode acreditar que a desnuclearização está em andamento no Reino Eremita. Se assim for, ele é provavelmente o único a fazê-lo, tendo em conta os frequentes testes de mísseis da Coreia do Norte e as modernizações das suas armas.

Ninguém sabe como será a política da Coreia do Norte daqui a um ano, mas, por enquanto, os dois lados parecem ter o que querem. Trump disputou um impasse desarticulado, que poderia durar até às eleições presidenciais de novembro de 2020 nos EUA, e Kim garantiu uma suspensão dos exercícios militares dos EUA e da Coreia do Sul, em troca de congelar os seus testes nucleares.

As cimeiras com Kim nunca deveriam ter conduzido ao atual entendimento de “congelamento por congelamento”, que enfraquece a aliança entre os EUA e a Coreia do Sul. No entanto, quando se encontrou com Kim pela primeira vez em Singapura, em junho de 2018, Trump decidiu simplesmente seguir os seus instintos. Desde então, tem estado a levar a política dos EUA na direção errada relativamente à Coreia do Norte.

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