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As chaves para a cobertura universal de cuidados de saúde

DAR-ES-SALAAM – Cumpriram-se três anos desde que os líderes mundiais se comprometeram com um dos objectivos mais ambiciosos alguma vez definidos para a saúde pública global: conseguir a cobertura universal de cuidados de saúde até 2030. Alcançar este objectivo significará que cada pessoa, em cada comunidade, terá acesso a cuidados acessíveis, tanto para evitar adoecer, como para o tratamento em caso de doença.

O que está em jogo é, simplesmente, demasiado importante para que esta promessa não seja cumprida. Não podemos erradicar a pobreza, nem proteger as pessoas das pandemias, nem promover a igualdade de género, nem alcançar qualquer um dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030, se não acelerarmos o progresso no sentido da cobertura universal dos cuidados de saúde.

Felizmente, os líderes nacionais começam a tomar medidas concretas no sentido da expansão do acesso aos cuidados de saúde. Como eu, juntamente com muitos outros, acabei por compreender, o sucesso dependerá de começar por resolver um dos mais significativos desafios na saúde: as abordagens demasiado fragmentadas à prestação de cuidados de saúde. Em vez de tratarmos uma doença de cada vez, precisamos de implementar sistemas que tratem, lado a lado, as várias necessidades de saúde das pessoas. Cada mulher deveria poder dirigir-se a um prestador fiável na sua comunidade e receber serviços de planeamento familiar para si, vacinações de rotina para os seus filhos, ou tratamentos para a diabetes destinados a um familiar idoso.

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