CAMBRIDGE – Bons empregos tornaram-se prioridade mundial. Formuladores de políticas nas economias avançadas e em desenvolvimento estão enfatizando a necessidade de se oferecer bem remuneradas oportunidades de emprego com segurança e planos de carreira. A globalização e a mudança tecnológica deixaram dolorosamente claro que essa tarefa não pode ser deixada inteiramente para os mercados.
Sempre que formuladores de políticas falam sobre a criação de bons empregos, eles normalmente se concentram em coisas como salários mínimos, negociação coletiva e investimentos em capacitação profissional. Mas, por mais importantes que sejam, essas intervenções não são suficientes. A produtividade é fundamental. A oferta de bons empregos só pode aumentar se os empregos criados para a base e o meio da distribuição de capacitações se tornarem mais produtivos, permitindo salários mais altos, mais autonomia e melhores perspectivas de carreira para aqueles que os detêm. Caso contrário, exigir salários mais altos e melhores condições de trabalho pode produzir trabalhadores menos instruídos sem oportunidades de emprego. A França, com sua elevada taxa de desemprego juvenil, aponta para essa realidade.
Outro problema, no entanto, é que mesmo quando formuladores de políticas falam sobre políticas industriais e de inovação que visam especificamente o aumento da produtividade e novas tecnologias, bons empregos são tratados como uma questão secundária. Nos Estados Unidos, a última safra dessas políticas visa a fabricação avançada, como semicondutores (por meio da Lei CHIPS) e tecnologias verdes (por meio da Lei da Redução da Inflação); e na Europa, o foco está na “digitalização” ao lado da transição verde. Em ambos os cenários, presume-se simplesmente que bons empregos surgirão como um subproduto desses programas, mesmo que esse não seja seu objetivo principal.
CAMBRIDGE – Bons empregos tornaram-se prioridade mundial. Formuladores de políticas nas economias avançadas e em desenvolvimento estão enfatizando a necessidade de se oferecer bem remuneradas oportunidades de emprego com segurança e planos de carreira. A globalização e a mudança tecnológica deixaram dolorosamente claro que essa tarefa não pode ser deixada inteiramente para os mercados.
Sempre que formuladores de políticas falam sobre a criação de bons empregos, eles normalmente se concentram em coisas como salários mínimos, negociação coletiva e investimentos em capacitação profissional. Mas, por mais importantes que sejam, essas intervenções não são suficientes. A produtividade é fundamental. A oferta de bons empregos só pode aumentar se os empregos criados para a base e o meio da distribuição de capacitações se tornarem mais produtivos, permitindo salários mais altos, mais autonomia e melhores perspectivas de carreira para aqueles que os detêm. Caso contrário, exigir salários mais altos e melhores condições de trabalho pode produzir trabalhadores menos instruídos sem oportunidades de emprego. A França, com sua elevada taxa de desemprego juvenil, aponta para essa realidade.
Outro problema, no entanto, é que mesmo quando formuladores de políticas falam sobre políticas industriais e de inovação que visam especificamente o aumento da produtividade e novas tecnologias, bons empregos são tratados como uma questão secundária. Nos Estados Unidos, a última safra dessas políticas visa a fabricação avançada, como semicondutores (por meio da Lei CHIPS) e tecnologias verdes (por meio da Lei da Redução da Inflação); e na Europa, o foco está na “digitalização” ao lado da transição verde. Em ambos os cenários, presume-se simplesmente que bons empregos surgirão como um subproduto desses programas, mesmo que esse não seja seu objetivo principal.