Rabah Arezki, a senior fellow at Harvard Kennedy School, is a former chief economist and vice president at the African Development Bank, a former chief economist of the World Bank’s Middle East and North Africa Region, and a former chief of the commodities unit at the International Monetary Fund.
WASHINGTON, DC – Hoje em dia, os bancos multilaterais de desenvolvimento (BMD) tornaram-se os queridinhos dos governantes. Num discurso recente, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, pediu ao Banco Mundial e a outros credores internacionais que apoiassem os países em desenvolvimento que lutam contra os efeitos do aumento da inflação e os aumentos agressivos das taxas de juro. E um recente relatório independente encomendado pelo G20 conclui que essas instituições estão posicionadas de forma única para ajudar os governos a alcançarem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
O relatório do G20 argumenta que os BMD poderiam alargar os seus empréstimos sem prejudicar as respetivas classificações de crédito AAA, não fossem os requisitos excessivos de adequação de capital que limitam a capacidade dos credores de assumir riscos. Mas quais são os países que beneficiariam mais com o aumento do financiamento multilateral?
Embora os bancos multilaterais de desenvolvimento desempenhem um papel crucial ao concederem empréstimos de longo prazo com taxas de juro concessionais a países de baixo rendimento (PBR), a esmagadora maioria do seu financiamento vai para países de médio rendimento (PMR). Um relatório recente da OCDE constata que 70% dos empréstimos dos BMD foram para PMR em 2020, após um grande aumento dos empréstimos para países de médio-baixo rendimento (PMBR).
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